Estrada de Ferro Sorocabana
No décimo sétimo episódio do NEH! Podcast, Fernando Vitolo e Heródoto Barbeiro conversam sobre uma das mais famosas estradas de ferro que ligava São Paulo a Sorocaba. A história da linha sorocabana remonta ao Período Colonial, quando o Brasil ainda era governado por Dom Pedro II. Para conhecer essa incrível história, confira o conteúdo deste artigo que está realmente imperdível.
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Ao contrário do que muitos possam imaginar, a Estrada de Ferro Sorocabana não foi construída para transportar passageiros. Sua única e exclusiva intenção era absolutamente econômica. Para se ter uma ideia, a primeira ferrovia do Brasil, a Estrada de Ferro Mauá, foi construída em 1852, também no período colonial, época em que a expansão da cafeicultura estava em voga no Brasil.
Na época em que a Estrada de Ferro de Sorocaba começou a ser operada, o Brasil já contava com cerca de 18 ferrovias que davam acesso até as fazendas de café. Entre elas, podemos citar a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a Estrada de Ferro Araraquara, dentre outras.
História da Estrada de Ferro de Sorocaba
Organizada nos anos 1870 e 1872, a Estrada de Ferro Sorocabana tinha a intenção de conectar a cidade de São Paulo até a fábrica de ferro São João de Ipanema em Iperó. A estrada teve como fundadores alguns fazendeiros, investidores e o notável empreendedor húngaro, Luiz Maylasky.
O interesse desses fundadores era alavancar o transporte da produção de algodão, facilitando o acesso das regiões distantes à capital da província. De acordo com o Museus Ferroviários, no ano de 1875, foi também inaugurada uma pequena estação no bairro da Luz.
Sua linha principal chegou até a margem do rio Paraná em 1922. Um dos ramais chegou a Bauru em 1905, para ligar-se com a linha da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. O ramal que chegou a Itararé, em 1909, permitiu ligação com a Viação Paraná-Santa Catarina.
Só no ano de 1892, houve uma fusão com a Companhia Ituana. A linha percorria trajeto de Jundiaí a Itu com ramal até Piracicaba. Em 1904, passou ao controle do governo federal e, em 1905, do governo paulista, que a arrendou por dez anos a um consórcio de investidores estrangeiros.
A partir dessa fusão e arrendamento, receberam-se os nomes de Companhia União Sorocabana e Ituana (1892-1907) e Sorocabana Railway (1907-1919).
Principais pontos da linha
- São Paulo (1875)
- Barueri (1875)
- Mairinque (1897)
- Sorocaba (1875)
- Iperó (1876)
- Boituva (1882)
- Botucatu (1889)
- Avaré (1896)
- Ourinhos (1908)
- Assis (1914)
- Presidente Prudente (1919)
- Presidente Epitácio (1922)
Principais ramais
- Iperó (1876)
- Itapetininga (1895)
- Itapeva (1909)
- Itararé (1909)
- Botucatu (1889)
- Bauru (1905)
- Mairinque (1897)
- Itu (1873)
- Salto (1873)
- Indaiatuba (Itaici) (1873)
- Itupeva (1873)
- Jundiaí (1873)
Diferenciais da Estrada de Ferro Sorocabana
Apesar de percorrer áreas ricas com plantações de café, a Sorocabana acabou se tornando uma empresa com estações imponentes, oficinas e escolas profissionalizantes.
Naquelas décadas de 1920 e 1930, a estrada passou a adotar uma gestão muito controladora e, ao mesmo tempo, paternalista, de seus funcionários, como recurso para aumentar a qualidade técnica do trabalho e também para evitar o crescimento de movimentos sindicais. Em 1971, o patrimônio da EFS passou a fazer parte da Fepasa.
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Conteúdo por Fernando Vitolo e Heródoto Barbeiro
Matéria escrita: Carlos Augusto Júnior