A Nova Economia com Roberto Tranjan

Você já ouviu falar em Nova Economia? Caso ainda não saiba muito sobre o assunto, este artigo foi feito justamente para você. Nele, conversaremos com Roberto Tranjan, que é escritor, palestrante e autor de 8 livros, um deles chamado “A nova economia”. 

Por isso, para ter acesso a todo o conteúdo sobre o tema, assista também ao vídeo abaixo, e não se esqueça de se inscrever no nosso canal no YouTube, para ficar sempre atualizado.

Conheça o convidado 

Roberto Tranjan é empresário, escritor, palestrante e educador empresarial que através da sua empresa, livros e programas de educação constrói o firme propósito de desenvolver uma cultura ética, humana e próspera no trabalho e nos negócios.

Iniciou sua trajetória empreendedora há mais de 30 anos, criando métodos, estratégias e filosofia que dentro de processos de educação andragógica apoiam empresários, líderes e profissionais a expandir seu campo de visão e ampliar competências para realizar negócios e trabalhos com propósito e resultados.

Suas experiências atuando nesse campo inspiram empresários a se destacarem nos mercados ao mesmo tempo que constroem pedaços de planeta que dão certo.

 O que significa a palavra “Economia”?

O escritor e economista Roberto Tranjan, antes de explicar o conceito de nova economia, nos diz que é preciso voltar à origem da palavra “economia”. Ele primeiramente a define como a “Ciência Social que estuda a escassez”, alegando que esse é um conceito antigo da palavra e que hoje ela tem uma nova dimensão.

Ele ainda lembra que essa dita escassez desperta os mais ferozes instintos humanos, como sobrevivência e competição, o que aos olhos de muitos são as melhores características do ser humano. Entretanto, para ele, a economia também é meio para se estudar a abundância e não somente aquilo que nos falta.

Para ampliar ainda mais o nosso conhecimento, de acordo com a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e Atuária da USP – a FEA, a Economia pode ser entendida como: 

“O conjunto de atividades desenvolvidas pelos homens visando a produção, distribuição e o consumo  de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida. A Economia Capitalista é a organização das atividades econômicas por meio do mercado, baseada na propriedade privada e na qual a grande maioria das transações é mediada pelo dinheiro.”

Mas por que hoje se fala em nova economia?

Para que possamos entender o conceito de nova economia, é preciso observar a velha economia. Com conceitos de até 100 anos de existência, a velha economia estava muito centrada em produtividade e eficiência, juntamente com a Ciência Administrativa que tinha como  objetivo “planejar, executar, controlar e avaliar recursos físicos, materiais, financeiros, tecnológicos e humanos”. A grande questão é que a velha economia acabou ultrapassando a medida ao pensar em como lidar com as pessoas. 

É nesse momento, então, que a nova economia ganha força, buscando concentrar esforços na criatividade e na afetividade, em vez de dar atenção apenas ao que se entendia por produtividade e eficiência. A nova economia, dessa forma, passará a mesclar o econômico com social, gerando não apenas riquezas financeiras e monetárias, mas também de relacionamento humano, de respeito, de solidariedade e tantas outras. Em seu site, Tranjan traz uma ótima alusão sobre a nova economia:

“O cerne do problema está nesse persistente apartheid que separa o econômico do social, como se fossem campos opostos e não mescláveis: a água e o azeite, ou os belos personagens românticos do feitiço de Áquila – um que só podia viver à luz do dia, outro, que só à noite.”

Quais as transformações capazes de ser alcançadas pela Nova Economia?

A nova economia nos ensina bastante. Uma delas é não tratar o ser humano apenas como um recurso, mas sim a partir de propósitos. Cada empresa, em particular, é constituída por pessoas que têm sonhos e que buscam por realizações pessoais e coletivas. Além disso, os seus clientes também são pessoas que buscam pela solução dos seus problemas, por um trabalho bem feito e uma recepção satisfatória.

Esse novo modelo de economia também deixa de lado o controle absoluto em cima do colaborador, que tinha cada minuto do seu dia de trabalho controlado pelo chefe ou por qualquer outra pessoa em um cargo superior. De modo oposto, a nova economia incentiva a criatividade do profissional, que não pode ser reduzida a um tempo específico e limitado. 

Ela também deixa de lado o foco no resultado em si, que muitas vezes é entendido como produtividade pelas empresas tradicionais. A nova economia vai buscar as respostas para os problemas e pensar no relacionamento entre empresas e consumidores a partir de conceitos-chave, como intenções, propósito, significado e entendendo que os negócios são construídos por pessoas.

“O econômico tende a transformar tudo em objeto. O “quem” é tratado como coisa, não importa se faz ou compra. É o que acontece quando o lucro se transforma em sujeito e senhor de tudo. Sim, porque leva a um desvio cruel: transforma pessoas em objetos descartáveis, sejam funcionários, clientes, fornecedores, investidores.”

Como a Nova Economia pode ser vista na prática?

Ao final da conversa, Tranjan cita o trabalho humanístico e inspirador realizado por uma empresa de tintas. Entendendo o ser humano não como recurso, mas como um ser social e de direitos, a empresa passou a capacitar pintores a partir de estudos como cidadania, sociologia, dentre outros. Os pintores, então, começaram a valorizar o seu próprio trabalho e se viram como profissionais capacitados. 

O projeto passou a ser muito valorizado por empresários e pela sociedade em geral. Os pintores também começaram a realizar trabalho em instituições sociais, pintando paredes de asilos e em casas de tratamento psicossocial. Essa é uma forma de nova economia que deu certo e pode ser vista como modelo a ser seguido.

E aí? O que achou da Nova Economia? Esperamos que você tenha gostado do conteúdo. Entre agora em contato com a Younik. E não se esqueça: empreenda, invista e mude sua vida!

Conteúdo por Fernando Vitolo

Matéria escrita: Carlos Augusto Júnior