Como ganhar dinheiro com humor?
Você é humorista ou se interessa pelo mundo do humor? Na conversa de hoje com Marcos Aguena, comunicador e humorista, também conhecido como Japa e possuidor de um currículo profissional invejável, trataremos justamente sobre esse assunto: como ganhar dinheiro com humor. Leia a nossa entrevista completa e assista ao vídeo abaixo para saber mais.
Sobre o nosso convidado
Marcos Aguena projetou-se na mídia como o Japa do Pânico. Desde 1989 atua na área de radiodifusão. Formado em Publicidade (Anhembi-Morumbi) e Locução (Senac), seu início de carreira na TV foi na TV Manchete, como ator e dublador do Programa “Cabaré do Barata” de Agildo Ribeiro. No ano seguinte, começou no rádio, na Baixada Santista, na Guarujá AM e FM. Atuou nas mais importantes e reconhecidas emissoras de rádios e tv, como redator, produtor, locutor, apresentador e repórter.
Durante 8 anos, desde 1997, na Rádio Jovem Pan e na Rede TV!, Japa foi apresentador, redator e produtor do Programa Pânico no Rádio e na TV. Em 2007, foi diretor do núcleo de criação da TV Bandeirantes. Em 2008, participou do projeto consagrado “Nunca Se Sábado” com o GRUPO PMG (Teatro Folha/SP e no Teatro TIM em Campinas/SP), permanecendo 16 semanas consecutivas em primeiro lugar na preferência do público. De 2008 a 2009 atuou na TV Record no Programa da Tarde, Show do Tom, Tudo é Possível, Hoje em Dia e Geraldo Brasil.
Qual caminho você percorreu para chegar aonde se encontra hoje?
Marcos conta que trabalhou muito para conseguir pagar a sua faculdade: foi carreto, transformista, vendeu pastel e ingressos de teatro na rua, vendeu suco natural na Santa Efigênia. Já na área de formação, Marcos fez televisão, rádio, dublagem, roteiro e novela.
Você se considera um empreendedor?
“Eu sou um empreendedor, porque desde a minha infância eu gostava de trabalhar, de ter minha própria grana e de me auto sustentar. Eu tinha uma empresa de locução. Era uma empresa onde cheguei a ter 15 funcionários e todos atuando como locutores. Muito mais do que uma rádio normalmente tem. A rádio onde eu estou hoje nunca teve esse número de locutores”.
Dá para ganhar dinheiro com humor?
“Dá para ganhar dinheiro com humor. Claro que dá. Eu posso falar do Whindersson Nunes, que é um fenômeno. O cara chegou e explodiu. O difícil é dar continuidade. O humor tem um problema que é a continuidade. O Whindersson continuou. Então, quem entra no humor acha que tudo é fácil: fama, dinheiro, visibilidade e mídia. Tem o bônus e tem o ônus”.
Como eu entro para o mundo do humor?
“Eu acho que me rotularam de humorista. Eu sempre fui radialista. Mas eu aceitei: porque é uma grande responsabilidade ser humorista. Mas a primeira coisa para ser humorista é você praticar. Talento é bom, é muito importante. Mas, no lado profissional, tem que saber fazer um cruzamento entre áreas distintas”.
Qual o limite do humor?
Marcos acredita que o limite do humor está em cada humorista. É algo próprio de cada um. Não há regra que defina isso. Cada um sabe até onde pode chegar. Segundo ele, o Rafinha Bastos sabe ir além. Mas Marcos, como humorista, não chega a alguns níveis, porque entende que isso às vezes fere a sua ética profissional.
Como encaixar o humor em outras culturas?
Japa conta a história de um humorista brasileiro, que foi fazer o seu primeiro stand-up em Portugal, mas acabou dando errado. Isso porque a linguagem que ele usou no país era própria do português brasileiro e muitos portugueses não entendiam as expressões usadas nas piadas.
Ele também conta que é difícil atuar em outras áreas do humor. Para que o humorista se adapte a outros tipos de mídia, é preciso testar, experimentar, porque há diversas variáveis que dinamizam a atuação do profissional.
Em que áreas um humorista pode trabalhar?
Na televisão, segundo Japa, o humorista pode atuar como ator-roteirista, montando o esqueleto do programa, os quadros e as atuações de cada personagem. Também há a possibilidade de trabalhar como produtor, diretor e apresentador.
No rádio, ele também pode ser produtor, pode ser um podcaster e apresentador. Com a internet, é ainda mais possível desenvolver os seus trabalhados, a partir do YouTube e de outras plataformas de vídeos. O humorista também lembra que a internet é super democrática e as pessoas, se gostarem do seu trabalho, irão dar valor.
Gostou do artigo de hoje? Muito legal, não é verdade? Por isso, não perca tempo e assista ao vídeo completo, no início deste artigo, para ter acesso à entrevista completa e conhecer mais sobre esse mundo do humor. E não se esqueça: Empreenda, invista e mude a sua vida.
Entrevista por Fernando Vitolo
Matéria escrita: Carlos Augusto Júnior