EMPRESAS E NEGÓCIOS TEM NOVO PAPEL DIANTE DE CENÁRIOS DE GUERRA

Boeing, Apple, Ford, Nike, Daimler, GM e entre tantas outras empresas, anunciam suspensão de negócios na Rússia. Visa e Mastercard bloquearam várias instituições. Apple e Google removeram aplicativos para celular na Rússia. Contas da mídia estatal russa serão rebaixadas no Facebook e Instagram.

Isso é política? Em partes, pode ser, mas também mostra propósito por parte das empresas. Faturamento não é única prioridade. Pelo menos é assim que vejo. Qual mensagem eles mandam para os seus clientes e claro, para o mundo, com essas atitudes?

A história

Olhando para a história, também podemos ver um lado sombrio relacionado às guerras, principalmente na segunda guerra mundial. Empresas que colaboraram e inclusive faturaram com o nazismo.

Inclusive, no NEH! Podcast, junto com o jornalista Heródoto Barbeiro, já falamos sobre algumas empresas que tiveram atuação na guerra. Você pode acompanhar todos os episódios lançados através dessa playlist.

Ainda, nos dias atuais, existem sempre muitas empresas que faturam com a guerra. Dentre tantas, podemos destacar logicamente as empresas relacionadas ao mercado bélico.

Será que o perfil mudou?

O Senhor das Armas

Tem uma frase que parece ser do filme O Senhor das Armas:

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

”Você sabe quem vai herdar a terra? Os negociantes de armas, porque todas as outras pessoas estarão ocupadas demais matando umas as outras”.

Espero que essa seja uma afirmação extremamente equivocada, e que as empresas estejam cada vez mais interessadas em preservar vidas, assim como vimos a velocidade record que desenvolveram vacinas e remédios (que foram recentemente aprovados pela ANVISA) para tratamento de COVID-19.

Ou então, o quão rápido foi a aderência do home office (até então sempre questionado pelas empresas) para que se pudesse preservar a saúde dos colaboradores.

Indivíduos também são importantes

Não só as empresas têm um papel fundamental nesse momento, mas também nós, como indivíduos. Daniella Rodrigues que é especialista em branding e marca pessoal comenta em sua conta no Instagram:

“Como marcas pessoais podemos nos posicionar compartilhando dúvidas, angústias, demonstrando solidariedade com muita responsabilidade e coerência manifestando nossa opinião”.

Os seus comentários e postagens nas redes sociais, podem revelar muito sobre você. E as empresas, clientes, colegas profissionais, estão de olho.

Reflexão para melhor conexão

A ideia desse artigo, é gerar a reflexão sobre qual o papel de nossas empresas e negócios nos tempos atuais, inclusive em momentos de crise e guerras.

Em pleno século 21, é admissível termos guerras, seja por qual motivo for? A guerra tem por objetivo impor sua vontade por meio da força. Mas dá pra fazer diferente?

Parece que sim. As empresas estão colocando sanções contra a Rússia, mexendo num local que dói bastante para qualquer país: o bolso.

Claro que, nada impede, um louco encurralado, apertar o botão de destruição em massa.

Artigo: Fernando Vítolo