Músico quarentenado com Junior Vargas

O momento que estamos vivendo afetou a vida de todos os músicos, não é mesmo? Shows cancelados, suspensos, noites de música não são mais possíveis. E o músico? Como fica? É hora de se reinventar e botar a criatividade pra trabalhar. Na nossa entrevista de hoje, conversaremos com o músico e baterista Junior Vargas.

Sobre o entrevistado

Como descreveu a distribuidora de instrumentos, a Habro Music, Júnior Vargas começou a ter contato com a bateria aos 9 anos e aos 15 passou a tocar em bandas de Rock e Pop. Em sua trajetória tocou com vários artistas:

No segmento Gospel: Orquestra ADNIPO, Banda Big Jonhy (Santuarium), Rody Mayer, Maurílio Santos, Coral Renascer, Mara Maravilha, Paulo Rogério, Álvaro Tito, Assaf Borba, Ademar de Campos, Renascer Praise, Comunhão Adoração 4, Priscila Angel, Soraya Moraes, Marquinho Gomes, Ronaldo Bezerra, Kleber Lucas, Paulo Baruki, Apocalipse 16, Rede Aleluia In Concert, Regis Danese, além de artistas internacionais como Dom Moen, Paul Wilber e etc.

Leia um pouco da conversa a seguir e descubra como tem sido trabalhar no setor musical e neste momento de pandemia.

A pandemia afetou bastante quem trabalha com cultura no Brasil  

Como nos contou durante a entrevista, Vargas também foi afetado durante essa quarentena que permanece, assim como muitos outros instrumentistas, cantores, percussionistas e demais pessoas da área. O setor foi afetado justamente por não estar inserido no rol de serviços essenciais. Muitos bares e restaurantes foram fechados e shows nem são mais permitidos, por exemplo, devido à contínua onda de infectados por coronavírus. Neste caso, o jeito encontrado por Júnior foi inovar. 

“Acontece uma coisa dessa magnitude e acaba com tudo mesmo. As pessoas estão passando dificuldades. Enfim, os profissionais mais atingidos são aqueles que trabalham com cultura e entretenimento no país”.  

O isolamento fez com que muitos artistas se inventassem 

No começo e até meados do ano passado, as lives tornaram-se febre no Brasil, não é verdade? Era comum acessarmos o instagram e ver vários famosos e até mesmo anônimos fazendo live na rede social. Alguns cantavam dentro de casa, outros tratavam de assuntos importantes dentro dos seus quartos e escritórios e muitas pessoas se engajavam nesses ambientes. 

Com Júnior Vargas, o cenário não foi nada diferente. Logo que entendeu a gravidade e a longa duração da pandemia, teve que dar um novo caminho para o seu trabalho. A partir disso, deu início à sua produção diretamente da sua casa, criando um home studio. 

O trabalho a distância possibilitou atender pessoas fora do seu estado e do país

Fazendo gravação de bateria da sua residência, Junior Vargas conta que ao trabalhar a distância conseguiu atender pessoas de diferentes regiões, tanto do Brasil, quanto do mundo. Somente com a chegada de um momento com o que estamos vivendo, ele percebeu a importância que o mundo digital nos permite nos dias de hoje. 

A tecnologia contribui intensamente para um trabalho mais robusto 

O baterista também afirma que a tecnologia realmente consegue nos possibilitar funções que antes seriam impossibilitadas. Como exemplo, cita a quantidade e multiplicidade de sons e variações sonoras que consegue aplicar sobre o seu trabalho. Ele chama a possibilidade de “biblioteca de timbres”, que possibilitam à sua produção uma combinação de ritmos e gêneros.

O estudo tem que ser permanente 

No final da nossa conversa, Vargas também lembra que para ser um bom baterista ou um músico é preciso estudar muito e sempre. Além disso, deve exigir muita dedicação e, sobretudo maturidade para levar o trabalho a sério e não apenas querer mostrar o que sabe fazer. Hoje, ele entende seu trabalho também como uma terapia.  

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Entrevista por Fernando Vitolo

Matéria escrita: Carlos Augusto Júnior