Odery Drums | A bateria 100% nacional

A nossa conversa de hoje será com Mauricio Odery, que é CEO da Odery Drums. Presidente executivo experiente, Maurício possui uma história comprovada de trabalho na indústria musical. Possui habilidades em Negociação, Negócios Internacionais, Gestão Musical, Administração, Estratégia de Marketing e Redes Sociais.

Sobre a empresa 

A Odery Drums é referência no mercado nacional e internacional de baterias e percussão.  Já participou de feiras nacionais e internacionais na Alemanha, China e Estados Unidos. Exporta para vários países e, em 2009, ampliou sua fabricação para a China, tornando-se parte do mercado de baterias fabricadas em série.

Como nasceu a Odery?

Como descrito pelo site oficial da empresa, toda a história está centrada na atitude de um torneiro ferramenteiro do Mato Grosso do Sul, chamado Odery, que viu sua vida se complicar ao ficar sem emprego, com 4 filhos e o país vivendo uma situação de instabilidade hiperinflação e incertezas no começo dos anos 1990.

Em um determinado momento, Odery chegou para sua família e disse que, a partir daquele momento, começaria a fabricar baterias. Mesmo sem possuir conhecimentos acerca de instrumentos musicais, Odery deu sequência ao seu sonho, foi até São Paulo e buscou ferramentas para construir o instrumento. A primeira fábrica ficou instalada no quintal da sua casa.  

Depois de 1 ano e meio, um dos seus filhos, Mauricio Cunha, com uma visão empreendedora e inovadora, deixou o emprego e apostou no sonho do pai. Desse modo, a fábrica localizada em Campinas conquistou o Brasil, saiu do quintal de uma casa e ganhou seu espaço no mercado brasileiro em 2000.

Primeira empresa de instrumentos musical a ter website no Brasil

Em nossa conversa, Maurício explica: 

‘‘A Odery, no mercado brasileiro de instrumentos musicais, foi a primeira a ter website. Sempre melhorando os produtos, olhando o que tinha de legal nas baterias fora do país”.

A Odery tem feito exportações?

“Sim. Desde 2000. Ou seja, faz 21 anos. A primeira exportação que fizemos foi até engraçada. Naquele momento que meu pai falou que ia fabricar bateria, a gente disse: Você está louco? Quando o tempo passou, em 2000, eu cheguei para ele falando que havia uma feira enorme na Alemanha. E foi a vez dele dizer: Você está louco? No país, entrei em uma loja e tinha um senhor do lado que me perguntou o que estava levando na mão. Disse que tinha algumas caixas que eu produzia no país. Ele elogiou e comprou as caixas”. 

Maurício ainda lembra que a Odery exportou instrumentos para o Japão. Hoje exporta para toda a Europa, praticamente. Também vendem para outros países da Ásia, como Indonésia, Tailândia e Vietnã. Além disso, exportam para China e diz que já vendeu mais para China, em um certo período, do que para o próprio Brasil. Na América Latina, chegou a vender para o Chile e para a Argentina.   

Qual foi o maior desafio da empresa? 

“Eu acho que teve alguns momentos desafios diferentes. O primeiro foi quando meu pai falou aquela loucura: começar a fabricar baterias. Para ele, com 54 anos, começar um negócio do zero sem grana? Esse foi o principal desafio. A partir do momento que ele fez tudo funcionar, o segundo foi ter que ir para fora e ter que falar o inglês básico. E teve que transformar a marca em uma coisa que todo mundo conhece. Todo mundo já viu falar. Muitas pessoas, fora do Brasil, sonham em ter uma Odery. Por último: fabricar baterias internacionalmente foi outro desafio”. 

Para o CEO da empresa, um dos grandes desafios hoje é fazer as coisas acontecerem dentro do Brasil. Ele considera  ser um país difícil, que não ajuda tanto. Mas ainda acredita que vai melhorar. Então diz ser preciso investir, para que surjam novos produtos e tudo aconteça levando ao progresso.  

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Entrevista por Fernando Vitolo 

Matéria escrita: Carlos Augusto Júnior